Os estudos que caracterizam os processos cognitivos de crianças, a partir do ensino fundamental, mostram que o desenvolvimento das FE se inicia desde muito cedo e se intensifica entre os seis e oito anos, embora continue até o final da adolescência e, possivelmente, até o início da idade adulta.
O desenvolvimento dessas habilidades que envolvem a eficácia operacional está condicionado ao amadurecimento do córtex pré-frontal, por isso, relaciona-se à maturidade.
Diante de um processo de amadurecimento das habilidades associadas às funções executivas, sabe-se que as crianças também são sensíveis às experiências que possam dificultar ou ampliar essas habilidades, o que coloca a escola como um importante contexto de desenvolvimento mental.
O desenvolvimento das FE pode ser observável pela capacidade da criança em sustentar objetivos de uma tarefa, de analisar e resolver problemas do contexto e decidir planos de ação eficazes. Pode ser observado também em avaliações psicoeducacionais.
As FE possibilitam ao indivíduo envolver-se com o meio, adequando os comportamentos para que seja adaptativo, auto-organizado e direcionado a metas. Permitem a interação entre as pessoas e com o meio, bem como realizar ações escolares, dá mais simples, como organizar seus pertences, até escrever um texto, entre outras tarefas requeridas para o desenvolvimento e o desempenho escolar.
Realizaram um levantamento e verificaram que os pesquisadores identificaram a existência das habilidades de FE relacionadas às idades dos estudantes.
Em crianças de 8 a 13 anos, notaram a existência de três componentes principais: controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva.
No estudo em que avaliou crianças de 11 e 12 anos, foram identificadas inibição e memória de trabalho, já, no estudo que avaliou crianças a partir de 7 anos até adultos com 21 anos foram identificadas memória de trabalho e flexibilidade cognitiva.
Os estudos levam a crer que as habilidades, incluindo as FE, podem ser desenvolvidas, inclusive em oportunidades específicas para isso.
FUENTES, D. et al. Neuropsicologia: teoria e prática. Artmed, 2008. Porto Alegre – RS.